Um Passeio em Manhattan
Texto e Fotografia de João Paulo Barros
Este conjunto que aqui apresento é o resultado da minha primeira visita a Nova Iorque, uma visita curta de dois dias em 2018. Nova Iorque é muitas coisas e também um paraíso para a fotografia de rua dada a variedade e quantidade imensa de contrastes que reúne. Para mim, a fotografia de rua é também uma pequena foto-reportagem pelo que prefiro um conjunto de imagens em que cada uma dá e recebe vida das restantes. Cada uma destas é, verdadeiramente, um instantâneo, um momento, um ponto num percurso, que captura um pouco do que aconteceu e que me transporta, como por magia, para aquele lugar, naquele momento, a olhar para aquele espaço, para aquelas pessoas. Provavelmente por isso, gosto tanto deste conjunto. A minha esperança é que estas fotografias consigam passar um pouco dessa magia para quem lá não estava, naqueles sítios, naqueles momentos. Se as fotografias que aqui estão servirem para tal, já terão valido a pena.
Mais sobre este projecto
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AutorJoão Paulo Barros
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BioJulgo que comecei a gostar de fotografia em criança ao ver fotografias antigas de família, quase todas a preto e branco, num álbum a que se dava corda para tocar música. Talvez aos 11 anos, circa 1980, peguei numa Taron de telémetro com um fotómetro de selénio (já gasto) que havia lá em casa e comecei a fotografar. Comprei dois livros de fotografia e fui fotografando, mas pouco. A fotografia era uma espécie de luxo em que rapidamente gastava as minhas economias para no final ficar com más amplicópias. Mesmo já com um Gossen Sixon 2 e uma Olympus OM-10 não conseguia expor slides com rigor suficiente, o que me permitiria poupar e obter mais qualidade. Foi preciso comprar uma Olympus Mju para conseguir ter diapositivos bem expostos e em 1990, ou perto disso, comprei uma Canon 600. Com esta já conseguia tirar um rolo de slides com a exposição certa, mas continuava a fotografar pouco. As minhas referências fotográficas eram os fotógrafos da Magnum que via na revista Photo, mas nunca fazia uma fotografia de rua. Só algumas fotografias de paisagem, viagem ou família e cada vez menos.
Em setembro de 2015 tomei a decisão de voltar a fotografar. Agora seria a sério. Pesquisei que máquina nova comprar e procurei um curso para ficar a saber algo sobre a técnica da fotografia digital. Encontrei o “Outono na Serra da Estrela” da Fotonature que me agradou porque juntava paisagem e passeio no campo com a formação em fotografia digital que eu procurava. Tal como nos vinhos, foi uma Grande Escolha! Aprendi a utilizar o histograma, mas também muito mais do que isso: voltei a maravilhar-me com o acto de fotografar. Foi um regresso ao encanto inicial da fotografia. Desde aí, fotografo sempre que posso. Paisagem, a maior parte das vezes, e fotografia de rua, de vez em quando. A fotografia é sempre espaço e tempo. Mas, para mim, a fotografia de paisagem é mais o espaço do que o tempo. Um espaço em que gosto de estar com ou sem máquina e do qual registo um pouco, com sorte no momento certo. Já a fotografia de rua é mais o tempo do que o espaço; é a fotografia que é boa ou má no instante em que foi capturada, como dizia Cartier-Bresson. Por isso sinto que as duas se complementam e que juntas vão preenchendo o que sou capaz de fazer enquanto fotógrafo. -
Experiências Primeira LuzSerra da Estrela (Novembro.2015)
Mira de Aire (Março.2016, Abril.2017)
Mértola (Junho.2017)
Gerês (Novembro.2018)
Lisboa (Outubro.2019)
Picos da Europa (Outubro.2020)
Vi, revi e continuarei a ver estas belíssimas fotografias. Parabéns João Paulo.
Obrigado Jorge.
Um abraço.
Gostei das fotografias de rua que desconhecia esse teu interior. Adorei o B&W. Forte abraço e continues para nós irmos encontrando.
Obrigado João. Saúde e até a próxima!
Um abraço.
The magic is there!!!
Parabéns João.
Abraço
Obrigado Pedro. Um abraço